O Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes é uma iniciativa construída em parceria entre a frente das juventudes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e, como parceiro estratégico, o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). Seu objetivo é desenvolver uma política pública nacional que articule governos, empresas, fundações, institutos e organizações da sociedade civil em torno da inclusão produtiva das juventudes.
Política pública de inclusão produtiva das juventudes com base intersetorial
Comitê Gestor >>
  • Governo Federal, Estados, Distrito Federal e Municípios;
  • Empresas e Cooperativas;
  • Entidades Formadoras;
  • Organizações de Trabalhadores;
  • Organizações de Empregadores;
  • Fundações e Institutos;
  • Movimentos da Juventude.
Comissões Temáticas
Grupos de Trabalho
Resultado desse trabalho
Formação e desenvolvimento
Participação cidadã
Geração de renda
Vagas de trabalho decente
Introdução

Considerando o histórico de dificuldades de acesso a um trabalho decente enfrentado por jovens de baixa renda, que afetam sobretudo mulheres jovens, jovens negros e negras de áreas metropolitanas, jovens que vivem em áreas rurais e comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas, jovens LGBTQIA+ e jovens que interromperam seus estudos e em atraso escolar, jovens com deficiência, jovens em cumprimento ou egressos de medidas socioeducativas, jovens mães, jovens migrantes e refugiados e jovens que foram vítimas de trabalho infantil;

Considerando que, apesar dos esforços ocorridos sobretudo desde a promulgação da Constituição de 1988, a juventude brasileira ainda enfrenta dificuldades de acesso à educação de qualidade e a oportunidades adequadas de qualificação, capacitação e desenvolvimento profissional;

Considerando que a juventude brasileira enfrenta o peso do desemprego, da informalidade, do trabalho precário, mesmo em contextos de aumento da atividade econômica e das oportunidades de emprego, mas sobretudo em momentos de retração econômica;

Considerando que a pandemia da COVID-19 teve um impacto severo sobre as juventudes no mercado de trabalho. Que a proporção de jovens que não estavam empregados, estudando ou em treinamento atingiu, em 2020, um nível preocupante e que, embora tenha havido uma recuperação desde então, esta proporção ainda registra níveis superiores aos verificados antes da pandemia;

Considerando que a falta de oportunidades, a baixa qualidade da inserção laboral, e a subocupação e a desocupação prolongadas e as dificuldades de conciliação de responsabilidades domésticas com os estudos e o trabalho produzem efeitos permanentes na vida futura da juventude;

Considerando que não há uma única experiência ou vivência da juventude, mas sim uma diversidade de realidades e perspectivas, entende-se que o termo “juventudes” destaca a existência de grupos e subgrupos heterogêneos, que possuem características, necessidades, desafios e aspirações distintas;

Considerando que é necessário e urgente promover uma atuação estratégica e direcionada, fruto da colaboração entre diferentes atores, que seja efetivamente capaz de promover oportunidades de trabalho decente para a inclusão produtiva das juventudes no Brasil, em consonância com as múltiplas perspectivas dessa faixa etária;

Considerando que o art. 227 da Constituição Federal de 1988 define que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar às juventudes, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;

Considerando que a Agenda 20230 da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual o Brasil é signatário, afirma que, para pôr o mundo em um caminho sustentável é preciso tomar medidas ousadas e transformadoras, e propõe 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com metas a serem cumpridas até 2030, a fim de não deixar ninguém para trás.

Resolve propor o presente “Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes: Um chamado para a ação” e convida os seus signatários a assumirem o livre compromisso, dentro de suas possibilidades, de implementar medidas concretas, direcionadas e efetivas até o ano de 2030.

Principais orientadores
1
Para enfrentar o enorme desafio da inclusão produtiva dos jovens, é necessário mobilizar governos, empregadores, trabalhadores, entidades formadoras, fundações, institutos, e os próprios jovens, por meio do diálogo social.
2
A juventude brasileira é uma juventude trabalhadora. Portanto, os jovens desempenham um papel fundamental, sendo eles os principais beneficiários e agentes de transformação nesse processo. O engajamento ativo dos jovens é essencial para impulsionar a sua própria inclusão e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico.
3
Os compromissos de ação devem levar em conta o marco da Agenda de Trabalho Decente para a Juventude, construída de forma tripartite no Brasil em 2011, bem como dos ODS da Agenda 2030 da ONU.
4
Um mecanismo de acompanhamento e gestão das ações deve ser posto em prática para fins de prestação de contas, transparência e melhoria das ações futuras.
5
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) poderão apoiar as ações previstas neste instrumento, fomentando o desenvolvimento de políticas públicas, do diálogo e da articulação social em prol do trabalho decente e da inclusão produtiva das juventudes.

Todas as frentes por um Pacto

Confira abaixo os compromissos de ação para cada agente transformador
Nossos Grupos de Trabalho (GT)
GT Primeiro Emprego
Foco em ampliar as oportunidades de inserção profissional de jovens em transição da escola para o mundo do trabalho. O grupo atua no fortalecimento das leis de estágio e aprendizagem, além de explorar outros caminhos de entrada no mercado formal. É um espaço de diálogo para alinhar políticas públicas às necessidades reais das juventudes e às dinâmicas do mercado de trabalho atual.
GT Inclusão Produtiva Rural
Trabalha na valorização dos territórios e saberes locais, com o objetivo de fortalecer as oportunidades de geração de renda e inserção produtiva de jovens do campo. O GT busca soluções que dialoguem com o contexto rural brasileiro, promovendo políticas e práticas que respeitem as identidades, potencialidades e desafios específicos dessas juventudes.
GT Empreendedorismo e Geração de Renda
Focado na construção de uma política pública nacional voltada ao empreendedorismo jovem, especialmente entre os mais vulneráveis. O grupo articula parcerias com governos, empresas, fundações e organizações para fomentar iniciativas que gerem autonomia financeira e inclusão produtiva por meio de negócios próprios e economia solidária.
GT Qualificação e Requalificação
Tem como missão impulsionar políticas de formação técnica, continuada e requalificação profissional para jovens. O GT atua na análise de programas existentes, mapeamento de boas práticas e na construção de propostas que aproximem a juventude das demandas reais do mundo do trabalho, com foco em empregabilidade e adaptação às novas economias.